
Sentiras o que sinto?
Saberás o que é estar só?
Pois eu digo te
é sentir o vazio
num corpo apenas
pensar em quais são
os meus dilemas.
Navegar num rio de almas
onde a minha se encontra cremada
caber me a a mim um dia
entrar nessa parada
tentei dar o meu coração
mas cheio de sangue devolveram mo
com os espinhos das rosas
que me ofereceram
tentei sair e sentir me diferente
do que sou, toda a gente comenta,
mas não resultou
sai ilesa da minha tentativa de fuga
as vezes nem o que me mais me satisfaz
na minha vida, me ajuda
sinto me tão morta...
conquistar o que quero
também não ajuda
mas afinal, o que faço perdura?
num coração gélido
dentro de mim
tento não quebrar
o que sobra de mim
indo ao mar e sobre as ondas olhar
o céu azul por cima do que mais posso alcançar
a melodia que soa por entre meus dedos
desfaz a sombria altitude da minha vida
que fora perdida, desde o dia em que comecei a gritar.
Longa vida a morte que me faz companhia
um dia viverei por minha alegria
onde ensinas te o ser morto a ser vivo
a sair do seu abrigo
acompanha pela estrada escura
a estrela guia da amargura
oh vida de alegria
sorri me um dia
antes de morrer a morte mortal
para saber o que é
ser feliz afinal.
Ilustração por Victoria Francis
Texto por Helena Amado
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