domingo, 31 de maio de 2009

Historia da minha vida... com uma revolução imprevista a mistura...



Sentada olhando pela janela vendo o tempo eternamente passar a frente de meus olhos. Como o tempo passa, hoje estou aqui sentada
com duas decadas e mesmo assim mantenho a minha mente estavel, mas nunca sã. Mesmo assim passei por muito na minha vida, mas vou vos
contar o meu caso com uma historia diferente...

Ja o dia despertava naquela pequena aldeola, a luz incidia sobre as casas mais proximas, as raparigas saiam a rua para fazer
o que tinham a fazer. As mais adolescentes, umas iam para a escola, outras iam trabalhar e de muito cedo começavam a vida.
Enquanto as mães ficavam em casa a dar um jeitinho no que era necessario, uma limpeza, roupa para coser ou lavar, preparar a
refeição antes de chegarem todos a casa. Quando chegava a noite todos se reuniam a mesa para jantar, conviver. A refeição
por vezes durava ate a hora de ir deitar. Para no dia seguinte continuar a rotina.
Do outro lado a aldeia nao apanhava tanta luz, as pessoas eram mais sombrias e reservadas, os rapazes seguiam para a escola,
tal como as raparigas, mas tudo no seu posto. A rotina de la era um pouco diferente, de dia partiam para ir para a escola, outras para
trabalhar. Quando anoitecia voltavam a casa, cada um jantava a sua hora, antes de ir dormir ficavam a fazer o que lhes apetecia,
deitavam se e no dia seguinte, era mais um novo dia.
Como todos os dias rapazes, raparigas dirigiam se para a escola ou seus postos de trabalho, por uma vez cruzam se. A rapariga que trabalhava
no cafe onde antes de ir para a escola passava o rapaz da outra aldeia. Então eles conversaram, durante os tempos livres dias a fio.
Os dias passavam se e o rapaz deixou de la ir, a rapariga triste pensava nele todos os dias.
Ele pensava nela quando calhava, pois estava a viver os melhores tempos da vida dele na tropa, para onde todos os homens iam um dia, a mandado
do governo portugues. Os companheiros das tropas trabalhavam, cada um no seu posto. Tambem tinham os seus momentos de diversão uns com os outros
durante o pouco tempo que tinham antes de dormir, conversavam. Sobre a vida, de onde vinham, do que gostavam, das suas mulheres.
As mulheres ficavam em casa a fazer os seus deveres, com os seus filhos e esperavam ansiosamente que a guerra acabasse e que os seus homens voltassem
para as suas casas.
Passado alguns anos houve uma revolta e chegou o dia de liberdade para todos. Nas ruas as pessoas revoltavam a sua alegria com os seus entequeridos.
O tempo que passou nao fez a rapariga esquecer o rapaz com quem passara os dias a conversar, esperava encontra lo no meio da enorme multidão de pessoas
a saltar, sorrir, correr.
O rapaz guardava alguma lembraça da rapariga bonita que encontrava atras do balcão todos os dias quando ia comprar o seu cafe por uns tostoes. Claro que
nao estava muito a espera de encontra la no meio da imensa multidão de gente onde era impossivel encontrar a tal rapariga.
La ao fundo trocam se olhares pelo meio das pessoas, encontra ram se, mas mal se conseguiram falar, ele so teve tempo para cumprimentar e ir ter com os
camaradas celebrar o começo da liberdade.

Ela seguiu o seu caminho trabalhando em restaurantes, bares, representou algumas peças de teatro, cantou, escreveu, mas seguiu sempre Hotelaria.
Ele concentrou a sua atenção em material, electrecidade nao lhe podia faltar ou falia. Tirou os estudos superiores e seguiu uma carreira de sucesso.

Ele gostava de se divertir saindo ha noite, beber com os amigos, sentar se e fumar, pensar na vida que lhe passava e nao parava.
Como os tempos eram outros tambem as mulheres podiam divertir se saindo. Eles encontra ram se outra vez, desta vez no restaurante, ela trabalhava, ele
passou la com os amigos. Apartir daí começaram a falar mais uma vez.
Com o passar do tempo juntaram se. Como eram diferentes acabavam se por discutir, mas voltava sempre tudo ao normal, ela via atravez do ar sombrio, ele
olhava a beleza.
Ate que um dia um acidente aconteceu, como na altura era vergonha, embora gostarem se, casaram e tentaram formar um lar, que previsivelmente hoje foi
destruido. Por uma das muitas lambisgoias que vemos hoje em dia.


Quando nasci tudo parecia estar bem, as pessoas sorriam. Com o tempo tudo desmoreceu, quando comecei a crescer o interesse desapareceu e as pessoas gritavam.
Como qualquer criança fiz muito que nao devia ter feito, o que mais me metia medo era o homem com a sua raiva incontrolavel, batia e gritava como se tivesse
matado alguem. Apenas com uma brincadeira de criança ele mudava de humor. Mas tambem presenteava me com o melhor que podia comprar. Sempre ademirei o irmao,
que ate hoje, mesmo com o medo incontrolavel, ademiro a sua vivencia tudo o que ele fez e se esforçou por ter.
Comecei a crescer num ambiente de amor, odio entre os entequeridos. Tentei fazer com que eles compreendessem o que sinto, mas cheguei a conclusao que nao vale
a pena dizer no que eles me tornaram. Tudo o que fiz e nao fiz, agradeço vos. Por me deixarem apenas com os meus pensamentos devastadores, e os poucos que nao
foram assim tao maus. Por ter ficado viva agradeço a força aqueles que ma deram para continuar a lutar por algo melhor num mundo que se torna cada vez mais,
horrendo criado pelas pessoas sem escrupulos e sentimentos pelos outros. Os monstros da sociedade, a ganacia de todos nos por querer um mundo melhor... Desculpem
queria dizer, por uma conta de banco maior. E por deitarem todos abaixo com a arrogancia e bom desempenho que todos os maiores conseguem fazer. Um grande obrigado
pelo nosso partido que realmente disse a verdade, somos agora um povo mais pobre. ...Revoltei me e fugi a historia!... Era suposto ser uma historia bonita! Raios!
Os politicos sao bruxas!! Eles teem papeis verdes e fazem no por magia! Queimem os! Enfim... Fim desta porcaria!